Enquanto a Ibovespa caiu quase 1%, o dólar sobe 1,98% e chega a R$ 5,58.
Em meio ao descontentamento global e após três fechamentos consecutivos em níveis recordes, o Ibovespa encerrou em queda firme de 0,95%, aos 135.173,39 pontos. Além disso, o dólar subiu 1,98%, cotado a R$ 5,58.
Desse modo, ativos locais também tiveram mudanças após o discurso menos “duro” do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante o evento da Fenabrave durante a tarde.
IBOVESPA
A reação do mercado resultou em um aumento nas taxas de juros futuros, o que resultou em perdas em ações que estavam relacionadas à economia nacional. Assim, a Ibovespa caiu, chegando aos 134.836 pontos na mínima diária e os 136.462 pontos na máxima. Até às 17h15, foram negociados R$15,05 bilhões no Ibovespa e R$21,47 bilhões na B3.
DÓLAR
Em um pregão de mau humor global, o dólar à vista subiu quase 2% nesta quinta-feira (22). As eleições presidenciais nos EUA e o evento em Jackson Hole criaram incertezas.
No Brasil, o real teve o pior desempenho entre 33 moedas mais líquidas, segundo o Valor. Diogo Guillen e Gabriel Galípolo afirmaram que uma sinalização menos conservadora prejudicou a moeda brasileira.
O dólar comercial fechou em alta de 1,98%, a R$5,5894, superando R$5,5950 e R$5,4813. O euro comercial também subiu 1,59%, atingindo R$6,2086. No exterior, às 17h10, o índice DXY avançou 0,49%, a 101,534 pontos.
BOLSAS DE NOVA YORK
Pressionadas por uma leitura maior que o esperado do índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos Estados Unidos em agosto, as bolsas de Nova York encerraram o pregão com uma forte desvalorização.
Antes do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, amanhã de manhã, que abre o Simpósio de Jackson Hole, os dados mostraram uma atividade resiliente e aumentaram a apreensão dos investidores.
O Índice Dow Jones caiu 0,43% a 40.712,78 pontos, o S & P 500 caiu 0,89% a 5.570,64 pontos e o Nasdaq caiu 1,67% a 17.619,35 pontos. Desse modo, desempenho das ações do setor de tecnologia e do consumo discricionário, que perderam 2,13% e 1,87%, respectivamente, no S&P 500, contribuíram para a queda das bolsas de Nova York.
Entretanto, após o anúncio da saída de Sreela Venkata Ratnam, vice-presidente e chefe de operações financeiras da Tesla, uma das principais “tecnologias” americanas desvalorizou 5,65%. A Intel, por outro lado, encerrou o pregão com uma queda de 6,12%, ficando à frente apenas da Moderna, que caiu 6,47% e liderou as perdas no S&P 500. A AMD recuou 3,87% e a NVidia cedeu 3,70%.
BOLSAS DA EUROPA
A quinta-feira (22) terminou com os índices acionários europeus em leve alta. Os agentes aguardam o Simpósio de Jackson Hole, que vai até sábado (24).
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, deve apresentar detalhes sobre a política monetária. O índice Stoxx 600 subiu 0,35%, atingindo 515,74 pontos. O DAX de Frankfurt aumentou 0,24%, a 18.493,40 pontos. O FTSE 100 de Londres subiu 0,06%, a 8.288,00 pontos, enquanto o CAC 40 de Paris caiu 0,01%, a 7.524,11 pontos.
Na véspera, a ata do Federal Reserve foi divulgada. Alguns representantes fizeram declarações e mostraram-se a favor da flexibilização dos juros. A ata do Banco Central Europeu (BCE) também foi divulgada. O documento sugeriu uma possível redução dos juros em setembro, com foco em dados.
Dados econômicos mais fortes do que o esperado foram destaque na região. O índice de gerentes de compras (PMI) da zona do euro subiu de 50,2 para 51,2 pontos em agosto. O PMI industrial, no entanto, permaneceu abaixo de 50 pontos, segundo a S&P Global.